
Durante anos utilizei mais o frequencímetro, como um mero velocímetro cardíaco. Buscando muitas vezes trabalhar duro, em altas frequências, quebrando recordes de " Velocidade Máxima " e na certeza que estava dando meu melhor. Mesmo treinando assim, obtive melhoras no condicionamento físico mas é certo que também consegui: algumas lesões, cansaço excessivo, falta de sono e o efeito sanfona em relação ao peso.
No início deste ano comecei a treinar " forte ". Fazendo tiros e treinos de ritmo, consegui bater meu recorde pessoal nos 10 Km - Obcursos (56:43) e ganhei de presente uma hérnia umbilical, correndo além do limite e com quase 77 Kg de peso. Cheguei ao final da corrida literalmente acabado e sem a mínima vontade de correr nos dias que se seguiram. Pensei comigo, realmente este negócio de corrida não é pra mim.
Comecei então a pesquisar sobre treino de base aeróbica ou treino de baixa frequência cardíaca, defendido por diversos fisiologistas e treinadores e combatido por tantos outros. Dentre os defensores: Haad, Maffetone, Lydiard e o Hexacampeão do Ironamn - Mark Allen. O lema deste treinamento - Quer ser veloz? Vá devagar! Oposto ao No Pain! No Gain. Como não tinha nada a perder, decidi treinar leve e ver no que dava.
Evolução na Cross Parques
Batimentos em repouso: antes (70) - atual (55).
Pensamento antes - Largar a corrida.
Nenhuma lesão, muita animação e disposição nos treinos.
Existem muitas controvésias em relação a esta abordagem de treinamento, principalmente quando a proposta é o treino de atletas de elite. Também não sou fisiologista ou treinador esportivo. Mas para aqueles que como eu já passaram dos 40, têm treinado exaustivamente com resultados estanques ou fadigados, estão constantemente gripados, talvez desenvolver uma base aeróbica adequada pode fazer a diferença. O treino é mais agradável, espanta o fantasma do overtrainning e difícil mesmo é segurar o ritmo quando os outros passam por você.
Fonte das fotos: Heart em www.cepolina.com e polar monitor em www.flickr.com äRRä.
2 comentários:
grande escriba!!!
Boa pincelada sobre o assunto, eu também não sou fisiologista, apesar de ter estudado muita fisiologia, e como fisioterapelta posso afirmar que essa faixa de frequencia cardiaca é a mais completa no que diz respeito a regeneração, prevenção de lesão e uso adequado do corpo, possibilita uma concentração maior de nutrientes nos tendões, reforçando os mesmos, maior nutrição e ativação de inumeras placas motoras dentro do mesmo grupo muscular, ou seja um milhão de benefícios que eu teria que escrever uma hora e meia aqui, eu tbm sou adpito dessa doutrina, e sempre que precisei da minha resistencia ela estava lá, o treino aerobico associado a uma boa carga de esplosões temporárias sempre foi e sempre será a base até emsmo para a reabilitação, imagina para os ciclões e corrões que sonhão em melhorar sua performace
Valeu pelo comentário!
Parece mesmo que treinar em faixas de frequências mais baixas, procurando realizar um trabalho regenerativo é uma simples questão de bom senso. Para quem quiser se aprofundar mais um pouco no assunto, segue o link para o método completo: http://www.omundodacorrida.com/phpBB2/showthread.php?t=2895
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