Para correr mais rápido, trote um um montão de kilômetros.

Existe comprovação científica da direta relação entre frequência cardíaca e intensidade do exercício. ( ou seja, quanto mais forte você correr, mais rápido serão seus batimentos cardíacos ). Um grupo de corredores utilizaram monitores cardíacos, em seus treinos durante seis meses, estes dados foram usados para avaliar a intensidade dos treinos.
Durante seis meses, oito atletas de elite da Espanha, foram monitorados enquanto se preparavam para o Campeonato Espanhol de Corridas Cross-Country. Os pesquisadores quantificaram então o tempo de treinamento, seguindo a permanência nas seguintes faixas de treinamento:
Zona 1: Baixa intensidade -- média de 140 BPM - (abaixo de 60% do VO2 max).
Zona 2: Intensidade moderada -- entre 140 e 171 BPM (60 à 85% do VO2 max).
Zone 3: Alta intensidade -- acima dos 171 BPM (acima de 85% do VO2 max).
De forma geral, os corredores treinaram 71 % do seu tempo, em baixa intensidade. 21% na zona moderada e apenas 8% em alta intensidade. Na hora do "sebo nas canelas", aqueles corredores com registros de maior tempo nas zonas de baiza intensidade, foram disparados os melhores.
A razão dos treinos em baixa intensidade terem rendido tão altos dividendos, foi devido ao máximo condicionamento aeróbico dos atletas: Ou seja - A melhor função cardíaca e respiratória é obtida em baixas intensidades! Este tipo de treino, também exerce menor impacto nos ligamentos e tendões, que ficam altamente vulneráveis à lesões durante os treinos mais intensos.
O real significado deste trabalho foi relembrar a importância dos treinos longos e em baixas intensidades. Mesmo os "trotes" à 60% do VO2 máximo, são uma excelente preparação para corridas de 30 minutos ou mais à 85% do VO2. Em outras palavras, o Trotão faz a real diferença para o corredor de longa distância.
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